Implementar o modelo Zero Trust é uma das ações mais eficazes para fortalecer a segurança digital da sua empresa. Em um cenário de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas, a abordagem de “nunca confiar, sempre verificar” garante um controle mais rigoroso sobre o acesso a sistemas e dados sensíveis.
Neste guia da Tempest, vamos explorar como adotar o modelo Zero Trust em um passo a passo completo, desde a avaliação da infraestrutura até a implementação de políticas de acesso e monitoramento contínuo. Continue lendo e confira!
Zero Trust é um modelo de segurança cibernética que adota a premissa de “nunca confiar, sempre verificar”. Isso significa que nenhuma rede, seja interna ou externa ao perímetro da organização, é automaticamente confiável. Todos os acessos a sistemas e dados precisam ser rigorosamente autenticados e autorizados.
Com o modelo Zero Trust, cada usuário, dispositivo ou sistema precisa ser verificado constantemente, seguindo o princípio do menor privilégio. Esse controle rigoroso de acesso visa reduzir os riscos de segurança e proteger dados sensíveis contra acessos não autorizados, minimizando a exposição a ataques cibernéticos e outras ameaças digitais.
Implementar o modelo Zero Trust na sua empresa traz inúmeros benefícios, tornando a segurança digital mais robusta e eficiente. Abaixo, destacamos três razões essenciais para adotar esse modelo:
O modelo Zero Trust restringe o acesso apenas às informações necessárias para cada usuário, dispositivo ou aplicação. Isso reduz significativamente a superfície de ataque e limita as possibilidades de exploração de vulnerabilidades, tornando mais difícil para cibercriminosos acessarem dados sensíveis ou comprometerem sistemas críticos da empresa.
Com o aumento do trabalho remoto e de ambientes híbridos, a implementação de Zero Trust melhora a experiência do usuário ao fornecer acesso seguro e sem interrupções.
Além disso, facilita o gerenciamento de ambientes híbridos, garantindo que os usuários, independentemente de sua localização, tenham acesso controlado e seguro aos recursos essenciais da empresa.
Com a crescente exigência de conformidade com regulamentações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil e o GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados) na Europa, o modelo Zero Trust se torna uma solução eficaz.
Ele garante que o acesso a dados pessoais e sensíveis seja rigorosamente controlado e monitorado, ajudando as empresas a evitar multas e penalidades associadas ao não cumprimento dessas leis.
O modelo Zero Trust baseia-se em uma série de princípios fundamentais que garantem uma abordagem mais rigorosa e proativa para a segurança cibernética. Conheça os principais a seguir:
Verificação contínua: acesso e atividades são verificados em tempo real, garantindo que cada interação seja autenticada e monitorada constantemente, prevenindo acessos não autorizados;
Menor privilégio de acesso: usuários e dispositivos recebem apenas as permissões mínimas necessárias para suas funções, limitando o risco de exposição e comprometimento de dados sensíveis;
Segmentação de rede: a infraestrutura é dividida em zonas de segurança, isolando áreas sensíveis e evitando que ataques se espalhem entre diferentes partes da rede corporativa;
Autenticação multifatorial (MFA): exige múltiplas formas de verificação (senha + código, por exemplo), adicionando camadas extras de segurança para proteger contra acessos indevidos;
Monitoramento e análise comportamental: atividades dos usuários são monitoradas e analisadas, detectando comportamentos anômalos e sinais de possíveis ameaças, acionando respostas automatizadas quando necessário.
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Implementar o modelo Zero Trust em uma empresa é uma tarefa estratégica que requer planejamento cuidadoso e execução em etapas. Cada passo é crucial para garantir que a segurança seja reforçada e que os dados sensíveis sejam protegidos adequadamente. Confira os 6 passos principais para implementar Zero Trust em sua organização:
Antes de adotar o modelo Zero Trust, faça uma avaliação minuciosa da infraestrutura de TI da empresa. Analise a arquitetura de rede, ferramentas de segurança, sistemas e processos de gerenciamento de acesso.
Identificar pontos fracos e vulnerabilidades ajudará a planejar as mudanças necessárias para garantir uma transição suave e eficaz para o Zero Trust.
Implemente a política de menor privilégio, na qual os usuários e dispositivos recebem apenas os acessos essenciais para suas funções. Com isso, limita-se a exposição e o risco de acesso não autorizado a dados sensíveis. Esse controle rigoroso reduz a superfície de ataque, dificultando a ação de cibercriminosos dentro da rede corporativa.
A adoção de autenticação multifatorial (MFA) aumenta significativamente a segurança da gestão de identidades. A MFA exige mais de uma forma de verificação, como senhas combinadas com biometria ou códigos de autenticação.
Isso impede que cibercriminosos acessem sistemas, mesmo que obtenham credenciais de um usuário legítimo, garantindo uma defesa robusta contra acessos não autorizados.
A segmentação de rede é essencial no Zero Trust para dividir a rede em áreas de menor confiança, limitando o acesso entre sistemas críticos. Isso restringe os danos causados por ataques, evitando a propagação lateral de ameaças dentro da infraestrutura. Cada segmento pode ter políticas de segurança específicas para maior proteção.
Implemente uma vigilância constante sobre o comportamento dos usuários e o acesso a sistemas corporativos. Ferramentas de monitoramento avançadas analisam atividades em tempo real e identificam comportamentos anômalos.
Isso garante que qualquer acesso suspeito ou comportamento fora do padrão seja detectado imediatamente, prevenindo violações de segurança antes que causem danos.
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Realize auditorias e revisões regulares das políticas de segurança para garantir que estejam sempre atualizadas. A cibersegurança é um processo contínuo, e as ameaças estão em constante evolução.
Ajustar as permissões de acesso e as autenticações periodicamente garante que a empresa se mantenha protegida, alinhada com as novas ameaças e em conformidade com as regulamentações.
Ao adotar este guia de como implementar o modelo Zero Trust na sua empresa, você estará dando um passo fundamental para fortalecer a segurança cibernética e proteger dados sensíveis. Continue navegando no blog da Tempest e saiba como se proteger contra Ransomware. Não perca esta oportunidade!
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