A cibersegurança evoluiu drasticamente nas últimas décadas. Antigamente, os Centros de Operações de Segurança (SOCs) eram reservados às grandes corporações, como instituições financeiras e empresas governamentais. Hoje, entretanto, a democratização das tecnologias de segurança permite que organizações de diferentes tamanhos tenham acesso a operações coordenadas de proteção.
Quanto maior o acesso a essas operações, maior será a maturidade de segurança de uma empresa, ampliando sua capacidade de responder a ameaças cibernéticas de forma eficiente. Neste artigo, vamos explorar a estrutura de um SOC, os desafios enfrentados pelas organizações e como a consultoria tática pode ser essencial para otimizar resultados.
Continue lendo e descubra como elevar a maturidade de segurança do seu negócio!
Um SOC (Security Operations Center) pode assumir diferentes formas, dependendo das necessidades, orçamento e maturidade de segurança da organização. Os principais tipos de operações incluem:
O modelo de SOC próprio é completamente gerenciado pela organização. Ele oferece controle total sobre as operações de segurança, incluindo monitoramento, resposta a incidentes e implementação de ferramentas. No entanto, essa abordagem exige altos investimentos em infraestrutura e equipes especializadas. Apesar do custo elevado, é ideal para empresas com alta criticidade de dados e grandes volumes de tráfego.
Nesse modelo, toda a operação de segurança é delegada a um parceiro externo. Ele permite maior flexibilidade, especialmente para organizações com recursos limitados. Além disso, o modelo terceirizado proporciona escalabilidade, permitindo que empresas ajustem os serviços conforme necessário. Contudo, a dependência de terceiros pode representar desafios em termos de alinhamento estratégico e controle.
O modelo híbrido combina o melhor dos dois mundos. Parte do SOC é mantido internamente, enquanto outra parte é terceirizada. Essa configuração oferece maior maturidade, pois permite que diferentes áreas de cibersegurança sejam gerenciadas de forma integrada. Empresas que optam pelo SOC híbrido ganham em eficiência e flexibilidade, mantendo controle sobre operações críticas e terceirizando atividades mais rotineiras.
Os SOCs operam em três níveis principais: estratégico, operacional e tático. O time tático é responsável por conectar as estratégias traçadas pela organização com as operações executadas no dia a dia.
Os especialistas táticos possuem um perfil multidisciplinar, analisando diferentes áreas da cibersegurança para identificar lacunas e oportunidades de melhoria. Eles são fundamentais para elevar a maturidade de segurança cibernética, garantindo que as operações estejam alinhadas aos objetivos estratégicos da empresa.
Além do diagnóstico, o time tático desempenha um papel crucial após incidentes cibernéticos. Ele analisa os pontos de falha e planeja abordagens para evitar ataques semelhantes no futuro, fortalecendo a resiliência da organização.
A colaboração entre os times estratégico, tático e operacional garante que as ações de segurança sejam consistentes e alinhadas às melhores práticas.
Apesar de sua importância, implementar e gerenciar um SOC apresenta desafios significativos. Entre os principais enfrentados em uma consultoria tática, estão:
À medida que novas ferramentas são introduzidas no mercado, muitas organizações enfrentam dificuldades para integrá-las em suas operações. Isso ocorre devido à falta de maturidade em segurança ou à ausência de equipes treinadas para gerenciar essas tecnologias. Consequentemente, há o risco de subutilização das ferramentas adquiridas.
Um SOC eficaz exige uma equipe multidisciplinar composta por engenheiros de segurança, analistas, operadores de ferramentas e especialistas em resposta a incidentes. Encontrar profissionais qualificados no mercado tem sido um desafio crescente, agravado pela alta demanda e baixa oferta de mão de obra especializada.
Desde a aquisição de ferramentas avançadas até a contratação de especialistas, os custos de operação de um SOC podem ser elevados. Pequenas e médias empresas, em particular, enfrentam dificuldades para justificar esses investimentos, mesmo reconhecendo a importância da cibersegurança.
Leia também: Security Service Edge: saiba o que é, importância, benefícios e mais.
Para avaliar a eficácia e a maturidade de um SOC, é fundamental adotar ferramentas e frameworks que orientem a análise. Entre os mais utilizados, estão:
SOC-CMM (Capability Maturity Model): Um modelo que avalia a capacidade de resposta e os processos de um SOC. Ele ajuda a identificar áreas que necessitam de desenvolvimento.
BtrAttack, Detecty e Reacty: Ferramentas específicas que medem a eficácia das respostas, serviços, detecções e recuperações de uma organização.
Essas ferramentas atuam como balizadores, permitindo que as empresas monitorem seu progresso e estabeleçam metas claras para aprimorar sua postura de segurança.
O desempenho de um SOC é medido por firewalls de nova geração e KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho) que oferecem insights para a consultoria tática sobre a eficiência das operações. Entre os mais relevantes, estão:
Família de MTTs (Mean Time To): essas métricas avaliam o tempo médio para detectar (Mean Time to Detect) e responder a incidentes (Mean Time to Response). Reduzir esses tempos é essencial para mitigar os impactos de ataques cibernéticos;
Falsos Positivos e Atividade Legítima: um dos desafios enfrentados por SOCs é diferenciar falsos positivos de ameaças reais. Monitorar e reduzir falsos positivos melhora a eficiência da equipe, enquanto o acompanhamento da atividade legítima garante que as operações não sejam interrompidas desnecessariamente;
SOC-CMM: além de atuar como framework, o SOC-CMM também fornece indicadores que ajudam na mensuração da maturidade operacional.
Essas métricas não apenas guiam o trabalho diário de uma consultoria tática de SOC, mas também oferecem visibilidade para os gestores sobre a eficácia dos investimentos em cibersegurança.
Esperamos que o conteúdo de hoje sobre consultoria tática e o seu papel no desempenho dos Centros de Operações de Segurança tenha sido útil e esclarecedor. Com as informações compartilhadas, esperamos que você consiga entender melhor como otimizar processos e fortalecer a eficiência do SOC.
Continue navegando em nosso blog e descubra o que é Security Operations (SecOps) e a sua importância no cenário digital atual. Não perca esta oportunidade!
4G e Inteligência Artificial são as fronteiras de mudança tecnológica nos próximos três anos, aponta estudo da Tempest
A importância da aplicação do Gerenciamento de Vulnerabilidades e Conformidades na proteção dos negócios
Ameaças cibernéticas de 2021 e tendências para 2022 foram tema da primeira edição do Tempest Live Sessions deste ano. Assista!